Judiaria de Almada
Almada é uma cidade localizada no Distrito de Setúbal .
A primeira referência histórica que se encontra em relação à região de Almada refere-se ao período Neolítico, ou seja, há cerca de 5.000 anos. Tornou-se um ponto de passagem para as comunidades Romana, Fenícia e Cartaginesa. Com a invasão e permanência dos Árabes na península, a região de Almada sofreu também a sua.
O próprio topónimo Almada é de origem Árabe. Etimologicamente significa a Mina, pois já em tempos remotos era conhecida aquela zona pelo aparecimento de palhetas de ouro no Tejo. Todavia, não se exclui a exploração da mina da Adiça (situada perto da Fonte da Telha).
No rio Tejo havia inúmeros cruzamentos de embarcações em que se efectuavam trocas de várias mercadorias, como: fruta, vinho, farinha, peixe, etc.
Almada, mais especificamente Cacilhas, foi um dos principais portos da Península Ibérica.
Almada é conquistada aos mouros em 1147 durante ou depois do cerco da tomada de Lisboa.
Nos forais doados por D. Afonso Henriques (1170) e D. Sancho I (1190), no século XII, a Lisboa, Palmela, Alcacér e Almada, há muitas referências aos judeus. Tendo o último se mantido inalterável até ao século XVI.
Em 1539 há uma referência à judiaria de Almada que nos é dada por Fruitos de Góis, irmão de Damião de Góis e refere-se ao pagamento de foro à Albergaria de S. Lázaro por umas casas que se situavam junto a ela.
O local chamado de judiaria foi até ao século XVIII um dos mais importantes da antiga vila de Almada, tendo sido afectada com o terramoto de 1755.
Esta judiaria dependia da comuna judaica de Lisboa, e situa-se na parte histórica de Almada.
Actualmente, o que existe é: a Rua da Judiaria, a Travessa da Judiaria e a Praça da Judiaria.
Rua da Judiaria
Um quadro da Rua da Judiaria que nos mostra como era em 1879/1893.
Travessa da Judiaria
Judiaria (Praça)
Situa-se entre a Rua da Judiaria e a Rua Augusto Maria da Silveira (Almada).