השואה Shoá – Dia Internacional da Lembrança do Holocausto
Hoje, dia 27 de janeiro, relembramos a Shoá, “a catástrofe” em Hebraico. A Shoá foi o assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial; o maior genocídio do século XX, através de um programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo Estado nazi, liderado por Adolf Hitler e pelo Partido Nazi e que ocorreu em todo o Terceiro Reich e nos territórios ocupados pelos alemães durante a guerra. Dos nove milhões de Judeus que residiam na Europa antes do Holocausto, cerca de dois terços foram mortos; mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens Judeus morreram durante o período.
É preciso lembrar que nós, como Judeus residentes na Europa, somos, mais do que nunca, responsáveis por continuar a viver o legado desses nossos irmãos e irmãs que tiveram suas vidas ceifadas de maneira tão violenta e inusitada.
Honramos a memória dos seis milhões de Judeus mortos na Shoá quando nos comprometemos com o melhoramento do mundo através de nossas ações diárias. A cada dia, temos uma nova oportunidade de fazer a diferença no mundo através de um sorriso, de uma palavra de conforto, da doação do nosso tempo ou dinheiro, e de muitas outras maneiras. Cabe a nós estar sempre alerta para as oportunidades de agir e contribuir para a melhoria do nosso mundo.
Apesar da dor da Shoá, os Judeus continuam a deixar sua marca positiva no mundo até hoje. A grande lição que fica é que, para sobrevivermos e prosperarmos, é preciso sempre acreditar no bem e nunca perder a esperança. Esta frase escrita por Anne Frank, adolescente Judia morta na Shoá e escritora do diário mais famoso do mundo, ilustra bem este ponto:
“É difícil em tempos como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo esmagados pela dura realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração”.
Ana Scherer