Hierarquia Visual – Forma e Cor
Identidade Visual
A composição das formas que compõem a identidade visual A. J. I. Hehaver – Sinagoga Ohel Jacob, na sua versão principal, orienta-se por uma estrutura complexa, de disposição de elementos no sentido vertical, ordem cronológica da criação desses mesmos elementos e distribuição simétrica das designações contidas.
Optou-se pela inclusão do logotipo usado pela Sinagoga em 1946 no topo da identidade, seguido do símbolo criado para a HeHaver em 1999, e por último, na base, a designação adicionada e formatada recentemente, mas respeitando as respectivas tipografias à época das mesmas, uma vez que actuais (curiosamente), intentando uma certa dinâmica temporal circular. Não obstante a uniformidade gráfica geral pretendida, destacam-se visualmente os elementos centrais – Árvore e Estrela -, seguido da designação OHEL JACOB na base, mais uma vez projectando a interligação entre Associação e Sinagoga, passado e presente.
Mantiveram-se aproximadamente as cores adoptadas em 1999, embora optimizadas – verdes, cinzas, amarelo e azul, em sistema quadricromia, sem pretensão de uma cor dominante, quer para a versão principal, quer para as versões secundárias. Não obstando a riqueza dos significados psicológicos das cores e tons assumidos, não houve uma intenção deliberada nesse sentido, tendo sido uma escolha puramente baseada no aspecto realidade.
Relativamente ao símbolo, procedeu-se à vectorização do mesmo; reajustou-se o alinhamento e proporções entre os elementos; optimizou-se a folhagem e ramagem da oliveira representada, de modo a corrigir a redução de detalhe resultante da repetição nos processos de impressão ao longo dos muitos anos decorridos, não tendo sido possível o acesso à imagem original; substituiu-se a Estrela Judaica pelo modelo mais correcto e figurado no estacionário primitivo da Sinagoga, à data da década de 1940. Manteve-se um detalhe original naturalmente intencional relativamente à convivência entre a Magen David e os outros elementos, salientando-se o facto da mesma não estar directamente envolvida na composição, embora faça parte da mesma, ou seja, não existe uma ligação desenhada entre Estrela e qualquer outro dos elementos presentes. Desconhece-se, inclusivamente, a distância entre a Estrela e a oliveira. O autor original terá preferido salvaguardar os conceitos envolvidos, uma vez que a Estrela de David faz parte de um grupo de símbolos universais, que, por tal, possuem significado generalizadamente assumido. A mescla de símbolos universais em símbolos particulares pode originar algum risco de corrupção de conceitos, ainda que sem intenção, pelo que o primeiro autor da identidade gráfica Hehaver terá pretendido uma distinção entre Judaísmo/Israel e Instituição Hehaver, seguindo a mesma linha dos fundadores, na década de 1940, para que o símbolo representasse uma identidade sobre uma instituição religiosa específica e não uma metáfora visual sobre uma religião generalizada. A Estrela manteve-se como representante do Judaísmo/Israel independente da Instituição caracterizada, cuja composição já descrita no item Conceito e Forma constituem o diferencial necessário à sua identidade visual.
A forma da oliveira pauta-se por um exemplar cultivado, jovem, mas de idade adulta, de folhagem densa, em que a copa se apresenta esférica, na sua fase mais verde, antes da floração, com vista a um aspecto gráfico geral harmonioso, um ponto de equilíbrio subtil entre a forte hierarquia vertical dos elementos e uma certa sensação visual circular capaz de projectar a paridade entre a forma e o carácter da Hehaver – instituição apolítica sem fins lucrativos -, assim como a essência religiosa da Sinagoga.